Lançamento do livro "As Catedrais Continuam Brancas" de Amélia Reynaldo pela rádio CBN
- Jacilene Fernanda e Jéssica Oliveira
- 30 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
Nesta quarta-feira, 19 de abril de 2017 às 19h, foi lançado no Porto Digital o livro, As Catedrais Continuam Brancas – planos e projetos do século XX para o centro do Recife pela ótica de Amélia Reynaldo (arquiteta e urbanista pernambucana). O programa Revista Eletrônica, com apresentação de Sandra Bittencourt, transmitiu pela rádio CBN Recife uma análise sobre o livro que teve como editora a CEPE (Companhia Editora de Pernambuco).
Segundo Sandra, o trabalho de pesquisa para a tese de doutorado na Universidade Politécnica da Catalunha foi a base que deu origem ao surgimento do livro, que investiga minuciosamente a evolução urbana de bairros centrais do Recife, mais especificamente os de Santo Antônio e São José, este último desmembrado do primeiro em 1844. Estes locais foram escolhidos por Maurício de Nassau para a instalação da capital do império holandês em terras brasileiras.
Assim, ao longo das 449 páginas, Amélia faz um histórico das características presentes nas sucessivas intervenções urbanísticas nestes locais no século passado.
É ressaltado pela jornalista que as construções religiosas, presentes em ambos os bairros do Recife, são os elementos que determinam permanentemente a ocupação do espaço, pois, esta foi uma época onde coexistiram pela primeira vez o modernismo e a preservação do patrimônio.
A obra é estruturada a partir de 4 plataformas principais. Sendo a primeira, as transformações holandesas na "Antiga cidade Maurícia" através dos planos do arquiteto Peter Post elaborados em 1639. Já a segunda linha de pesquisa aborda a influência francesa na arte e na arquitetura por meio de Louis Léger Vauthier que projetou o Teatro de Santa Isabel e a Estação Central. A terceira linha de pesquisa, busca compreender a política protecionista e sua incidência nas propostas urbanísticas para os dois bairros. E por fim, a quarta linha de pesquisa, focaliza os instrumentos utilizados pela política de proteção aos patrimônios urbanos.
No fim da resenha transmitida pela rádio, Sandra diz que o livro traz uma generosa apresentação do professor Joaquim Sabaté da Universidade Politécnica da Catalunha e ainda 180 ilustrações (entre fotografias, desenhos, plantas e mapas). E termina com o significado presente no título do livro o qual é inspirado em uma famosa declaração do arquiteto Le Corbusier em 1936 que anunciou o final da vigência das catedrais ao afirmar que "as catedrais eram brancas porque eram novas, as cidades eram novas, ordenadas e regulares". O que é acrescentado pela autora do livro ao alegar que a proposta do trabalho feito pela mesma é contribuir para que as catedrais do Recife continuem brancas.

Foto: Alcione Ferreira/DP/Arquivo. Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2017/04/18/interna_vidaurbana,699807/as-catedrais-continuam-brancas.shtml
REFERÊNCIAS:
BITTENCOURT, Sandra. Postado em: 19 de abril de 2017. Disponível em: <https://goo.gl/gbBgCk>. Acesso em: 30 agost. de 2017.
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