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Moradores do Bairro do Recife reclamam dos eventos com ruas fechadas e barulho

  • Jéssica Oliveira
  • 29 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Foliões devem ficar atentos nas mudanças do trânsito para o Carnaval

Foto: Ricardo Labastier/JC Imagem


A maioria dos moradores no Bairro do Recife está concentrada na comunidade do Pilar, perto do prédio-sede da prefeitura. Fora esta localidade, poucos são os habitantes do lugar onde nasceu a capital pernambucana e eles questionam ações adotadas pelo município, como a frequente interdição de vias para festas. “Isso é cercear o direito do morador de entrar e sair do seu bairro”, observa o arquiteto Marcos Simão, que vive na Rua do Apolo há mais de dez anos.


Ele vê com ressalvas a explosão de equipamentos culturais e de eventos no Recife Antigo. “O bairro foi transformado num parque de diversões e isso não deveria ser um objetivo de governo, porque o lugar deixa de ser atrativo para moradia e escritórios, por causa do barulho”, pondera. “O constante fechamento de ruas também atrapalha o comércio”, acrescenta.


De 2000 a 2010, o IBGE registrou taxa negativa de crescimento anual da população no Bairro do Recife, –4,20%. Apesar de ser uma área histórica, ainda há muitos prédios vazios na localidade. “A ocupação depende de reformas e o custo da intervenção não é barato porque os imóveis são grandes, com três e quatro pavimentos. São próprios para habitação multifamiliar e não individual”, comenta.


Mudanças no trânsito do Recife devido as festividades

Fonte: Folha PE



Por outro lado, os turistas e não moradores do local, não se sentem tão afetados, já que aproveitam as festividades oferecidas pela cidade, sem preocupações com o caos que elas causam na vida das outras pessoas.


Como é exemplificado por estas duas amigas, Dalva Cavalheri e Maristela Ribeiro, moradoras de Espírito Santo do Pinhal (SP), que de passagem pela cidade, visitaram o bairro e se declararam apaixonadas pelo Recife. “É tudo lindo, só não gostei da modernização dos armazéns do Porto. O uso está ótimo, mas podiam ter feito apenas a restauração, mantendo o prédio como era. A modernização doeu”, diz Dalva.Elas programaram visitas a equipamentos culturais, como o Paço do Frevo e o Museu Cais do Sertão, que exibe acervo do músico Luiz Gonzaga (1912-1989), e posaram para fotos na Praça do Marco Zero.



REFERÊNCIAS:


  • BARULHO E EVENTOS COM RUAS FECHADAS ATRAPALHAM MORADIA DO RECIFE ANTIGO, DIZ ARQUITETO. In: JConline, 11 jan. de 2015. Disponível em: <https://goo.gl/Z9Mptp>. Acesso em: 28 de nov. de 2017.

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